O município de Bambuí encanta todos por suas belezas naturais, principalmente por suas paisagens e cachoeiras. Para quem visita o Parque Nacional da Canastra, onde nasce o rio São Francisco, a cidade é uma boa sugestão de visita em razão de sua proximidade.
Bambuí também é conhecida por suas festas animadas, com diferentes temas, que ocorrem durante o ano, como as festividades em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora de Sant'Ana, o carnaval e a Exposição Agropecuária.
Um fato importante é que, nas décadas de 1940 e 1950, o município ficou conhecido internacionalmente, por ter sido pioneiro nos estudos sobre a doença de Chagas. Os trabalhos foram desenvolvidos no Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas, posto do Instituto Oswaldo Cruz, onde atuou o médico mineiro Ezequiel Dias.
Os primeiros relatos sobre a ocupação da região foi em 1731. Segundo descrição do alferes Moreira em uma carta ao padre Diogo Soares, existia ali uma fazenda denominada Bambóia, pertencente ao capitão-mor João Veloso de Carvalho, a partir da qual surgiu o povoado. No entanto, o povoado não resistiu por muito tempo, já que os índios caiapós e os negros que pertenciam aos quilombos da região expulsaram os moradores. O local foi novamente habitado quando a região passou a ser caminho regular dos bandeirantes em busca de novas minas no interior do país, caminho que ficou conhecido como "Picada do Goiás".
Já em 1784, o governador Luiz da Cunha Menezes criou uma legião militar para defesa, composta de mais de 1.500 homens, entregando a chefia ao capitão-do-campo Inácio Correia Paim Pamplona.
Mais tarde, as Câmaras de Pitangui e São José, atual município de Formiga, disputaram a posse do arraial já formado. Em 1839, a Comarca de São José do Rio das Mortes, hoje Tiradentes, ganhou a posse do arraial e, assim, foi criado o distrito de Bambuí.
Desde 1768, a comunidade se colocou sob a proteção de Nossa Senhora de Sant'Ana. A freguesia pertencia ao bispado de Mariana, primeira capital de Minas, conforme consta dos arquivos daquela arquidiocese.
A criação oficial da freguesia só se efetivou em 23 de janeiro de 1816, com a concessão do alvará. Foi disputada pelas Dioceses de Pernambuco, representada por Araxá, e pela Diocese de Goiás, representado por Paracatu.
Em 1881, Bambuí foi elevada à categoria de vila, que foi desmembrada da Comarca do Rio Grande e passou a ser incorporada à de Piumhi. A Vila de Bambuí adquiriu sua autonomia no dia 18 de setembro de 1883, pela Lei Provincial nº 3.122.
Com a instalação da estrada de ferro, em 1911, Bambuí teve seu progresso acelerado. Hoje, a cidade com cerca de 20 mil habitantes, abriga a sede do Instituto Federal Minas Gerais (IFMG), que oferece 22 cursos de nível técnico, graduação e pós-graduação com diferentes áreas de atuação.
Bambuí possui várias atrações que podem beneficiar tanto as pessoas que queiram um passeio mais calmo, como o contato com a natureza, quanto aquelas que gostam de um entretenimento mais movimentado e alegre, como as suas festas. É só escolher a sua atração e aproveitar a cidade.
O significado do nome Bambuí é motivo de discussão entre os historiadores, e há várias versões. No livro "Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais", de Waldemar de Almeida Barbosa, para "o Frei Francisco dos Prazeres, Dr. Domingos Jaguaribe e o próprio Teodoro Sampaio, o sentido é rio dos bambus".
Já para Martius e Carlos Copsey, o nome traduz os termos latinos fluvius pituitae, sordidus, que significam "rio de águas sujas". Para J. Barbosa Rodrigues, a palavra seria alteração de bang-puy, cuja tradução se entende por "rio de gravetos torcidos" ou "cipós".
Outro esclarecimento: "Nelson de Sena lembra que Bambuí poderia ser uma aglutinação de Bamba, termo quíchua introduzido no Brasil pelos tupis ocidentais e equivalente à Pampa, significando planície, campo; e de Bambaí teria resultado Bamboí e Bambuí, que seria rio de planície", explica Waldemar de Almeida Barbosa.
Fontes: Jornal da Canastra e Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais